segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Petrolina aí vamos nós...

Esta semana estaremos viajando para Petrolina, vamos nos encontrar com as meninas no Seminário do Gestar II. É o Gestar dando frutos e aumentando a rede do saber!!!!!

domingo, 22 de novembro de 2009

Momentos finais


Cordel - Nossas professoras artistas...

GESTAR II – Encontro: 17.11.2009 TP1 p. 138 Equipe3: Adailza Oliveira e Silva (V.M.)
Ana Maria Tavares dos Santos (V.M.)
Graça Macêdo (V.M.)
Sônia Vieira (V.M.)
Maria de Lourdes (V.M.)
Maria José Santos (Duque)


Com muita fome a raposa
Encontra o parreiral
Dá um salto fantástico
Mas não consegue alcançar
Os cachos de uvas verdinhas
Uvas grandes tentadoras
Prá sua fome saciar

Caminhando, descobriu
Que poderia então
Usar sua esperteza
Empurrando com cuidado
A grande pedra encontrada
E com isso completar
A sua grande empreitada


Pulou mas não conseguiu
O grande cacho tirar
Tentou de novo e nada
Começou a se invocar
Desistiu com muita raiva
Sem as uvas saborear

Minhas cursistas e amigas.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Texto- Variações Linguísticas

Artigo publicado no caderno "I", Coluna "Opinião", edição nº 6085 do Jornal de Uberaba, p. 02, dia 06/01/2007.
Ormezinda Maria Ribeiro- Aya é Doutora em Lingüística e Língua Portuguesa pela Unesp. aya_ribeiro@yahoo.com.br

Um passeio pelas gírias através dos tempos

Ainda garoto, levei uma taboa, nos idos de 1930. Eu era um almofadinha, pé rapado, liso que nem pau-de-sebo. Fiquei jururu. É fato, mas jurei me tornar um figurão abonado pra nunca mais ouvir uma ladainha daquela lambisgóia. Fiquei quase uma década me recuperando dessa malfadada sorte. Depois resolvi recobrar o tempo perdido e correr atrás de um brotinho, um chuchu que conheci em um desses balangandans que freqüentava na época. Convidei aquela tetéia para assistir a uma chanchada, a coqueluche do momento. Foi a maior fuzarca. O pai dela não gostou nem um pouco. Levei uma carraspana. Só me esqueci desse bafafá dez anos depois. Tomei um chá de cadeira sem igual. Não seria fácil paquerar aquela uva. Ela não se esqueceu do fuzuê. Eu já estava ficando coroa, mas ainda era pra frente e bacana paca, um tremendão. Além do mais, meu chapa, nos anos 60 eu não era nenhum pé de chinelo. Era um cara boa pinta, tinha um carango envenenado, um papo firme. Desses de fazer qualquer gata gamar. E uma coisa era certa não era pelego e nem cafona. Resolvi dar uma esticada e encarar uma boazuda. Estava a fim de uma gata barra-limpa e não era de mancar. Mas ela tirou onda no maior ziriguidum. Veio com aquele papo furado e eu, que estava naquela de pode vir quente que estou fervendo, curti a maior fossa. Mais 10 anos, Bicho, desisti da uvinha que a essas alturas já estava meio passada, um bicho grilo Não era mais um pedaço-de-mau-caminho. E eu anda era um pão. Não era de se jogar fora. Estava a fim de uma fofa. Numa boa, podes crer! Tentei fazer a cabeça dela. Que barra! Eu estava por fora. Ela não gostou da chacrinha. Entrei pelo cano. Foi chocrível: ela me chamou de goiaba e deu no pé. Já era. Enveredei pela política. Virei biônico, fiquei careta, o maior caxias. Deixei de ser aquele cara jóia que transava o amor no maior breu, curtindo adoidado. Nem tchum para as coisas do coração. Meu negócio era tutu, bufunfa, grana maneira. Entrei de bode nos anos 80, meio deprê, mergulhei naquele economês fajuto, preocupado com as patrulhas ideológicas, vendo a beleza passar no movimento daquelas minas de fio dental. Que massa! Como me senti brega! Chegaram os anos 90 e eu decidi acordar para a vida. Nas ruas, os caras pintadas faziam pressão. Já aposentado, por pouco levaria a pecha de boiola. As minas da minha galera viraram gastinhas. Embacei demais. Fiquei muito tempo pagando um sapo Vou entrar de sola em outra praia. Estou na área e vou lançar meu olhar quarenta e três, pensei. Antenado, quis deixar de ser um mala e parti para a azaração. Não queria mais queimar o filme. Descobri que ficar é o bicho. Chega de rolo e de encoleirar. Achei uma pitchula lipada e fui sintonizar o canal. Sou um animal. Estava convencido. Vestido como um mauricinho à procura de uma patricinha filé que me desse mole, fui chavecar. Não sou nenhum papa-anjo, mas resolvi jogar meu papo um-sete-um pra cima da primeira maria gasoza que me atravessasse. Estava disposto a liberar a verba. Que furo! Paguei o maior mico! Amarradão, encarnei uma ganzepa meio fubanga. A essas alturas da vida, Mano Brown, não poderia escolher muito. O que pode querer um velho rico e solitário? Também não estava a fim de nenhuma perua tranquera. Estava me sentindo assim fuderoso. Meio travado, entrei de sola, cheguei na popozuda. Escamosa, me chamou de tio sukita. O vacilão aqui ainda pensou que era elogio. Fiquei na pista. É mesmo o fim do século. Pirei na batatinha, quando um Lobão chegou de lado e mandou: “Ai, vei, valeu! Simbora que eu vou vazar com a cachorrona”. Aí já era demais! Outra táboa esse meu coração matusalém não agüentaria. Viajei no tempo... Fui!...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Letramento

Letramento, segundo Magda Soares
Um texto da professora Magda Becker Soares, que fala sobre as diferenças entre letramento e alfabetização. Ela destaca a importância do aluno ser alfabetizado em um contexto onde leitura e escrita tenham sentido. Publicado no jornal Diário do Grande ABC em 29 de agosto de 2003.
Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. Magda Becker Soares, professora titular da Faculdade de Educação da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e doutora em educação, explica que ao olharmos historicamente para as últimas décadas, poderemos observar que o termo alfabetização, sempre entendido de uma forma restrita como aprendizagem do sistema da escrita, foi ampliado. Já não basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir além da alfabetização funcional (denominação dada às pessoas que foram alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita). O sentido ampliado da alfabetização, o letramento, de acordo com Magda, designa práticas de leitura e escrita. A entrada da pessoa no mundo da escrita se dá pela aprendizagem de toda a complexa tecnologia envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever. Além disso, o aluno precisa saber fazer uso e envolver-se nas atividades de leitura e escrita. Ou seja, para entrar nesse universo do letramento, ele precisa apropriar-se do hábito de buscar um jornal para ler, de frequentar revistarias, livrarias, e com esse convívio efetivo com a leitura, apropriar-se do sistema de escrita. Afinal, a professora defende que, para a adaptação adequada ao ato de ler e escrever, “é preciso compreender, inserir-se, avaliar, apreciar a escrita e a leitura”. O letramento compreende tanto a apropriação das técnicas para a alfabetização quanto esse aspecto de convívio e hábito de utilização da leitura e da escrita.
“Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias.“(Pablo Neruda)

domingo, 4 de outubro de 2009

Trabalhando o Gênero Entrevista

GESTAR II – VI ENCONTRO

Caruaru, 23 de setembro de 2009 (Colégio Municipal)

Equipe quatro: Adailza Oliveira e Silva

Ana Maria Tavares dos Santos

Giane Quixabeira

Graça (do Vicente Monteiro)

Maria José França

Maria de Lourdes de Lima

Paula Leal

Sônia Maria Vieira

ENTREVISTA

Entrevistar um (a) farmacêutico (a).

1. Qual é o seu nome?

R. Sandyonara Camila Ramos

2. Qual a formação necessária para exercer a profissão de farmacêutico?

R.. Curso superior em Farmácia.

3. Onde você fez o curso superior?

R. Em Maceió – AL

4. Há quanto tempo você é formada?

R. Há cinco anos. Assim que terminei o curso comecei a trabalhar.

5. Qual foi sua especialização?

R. Sou especializada em Bioquímica e tenho Pós-Graduação em Farmácia Magistral (Manipulação).

6. O que a levou a escolher esta profissão?

R. Opção. E deu certo.

7. Qual o pior e o melhor momento profissional?

R. O pior não existe, pois o medo me induz a buscar a ajuda dos colegas de profissão, categoria bastante unida. O maravilhoso momento foi perceber a acertada escolha profissional onde me identifiquei e atuo.

8. Qual é a função real de um (a) farmacêutico (a)?

R. Prestar atenção farmacêutica, tirando as dúvidas dos clientes em relação à medicação e seu uso.

9. Quais são suas responsabilidades?

R. Tirar todas as dúvidas dos clientes, esclarecendo-os acerca da medicação prescrita pelo (a) médico (a).

10. Você pode prescrever receitas, aferir pressão arterial e aplicar injetáveis?

R. Prescrever receitas, não. Aferir PA e aplicar injetáveis, sim.

11. Que atitude você toma quando um (a) cliente chega com uma prescrição de receituário ilegível?

R. Peço ao cliente para retornar ao profissional que o atendeu e solicitar uma nova prescrição do receituário. Em letra de forma, pelo menos.

12. O que é medicação alopata, homeopática e fitoterápica?

R. A medicação alopata é sintética, industrializada. A homeopática e a fitoterápica são as naturais, inclusive os chás.

13. Você tem CRF? Pode nos fornecê-lo?

R. Sim. Pois não. O meu CRF-PE é: 3300.

14. Você concorda em assinar esta entrevista?

R. Sim.

15. Cite seu local de trabalho atual.

R. Droga Rápida –Av. Agamenon Magalhães –Maurício de Nassau – Caruaru-PE

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Aluna da Escola Vicente Monteiro - Sarau de Poesias


Criando Jingles

FARMÁCIA VIVA MAIS

SE VOCÊ ESTÁ DOENTE
DOU UM CONSELHO A VOCÊ
A FARMÁCIA VIVA MAIS
TEM REMÉDIO PRA VALER

O PRECINHO É TÃO PEQUENO
QUE QUASE NÃO DA PRA VÊ
COM O PISO VOCÊ COMPRA
É VERDADE PODE CRER

As meninas arrasando nos Gêneros Textuais

Se você quiser sempre testar
A paciência e se cansar,
Telemarketing é gênero
Para fazer qualquer
Cristão entediar

A educação é o viés
Para induzir, persuadir,
Mas por trás de tanta
Educação, existe sempre
Uma intenção;

Sim senhora
Não, senhora
Sim, senhor
Não, senhor
LEITURA E PROCESSOS DE ESCRITA I
CADERNO DE TEORIA E PRÁTICA – TP4


PAGINAS DE DIÁRIO FICTÍCIO E REAL

Grupo: Cachoeirinha
Luís Eduardo
Maria Imaculada
Maria Lúcia Jacinto
Rosemary Raimundo


Setembro de 2009.

SEQUÊNCIAS TIPOLÓGICAS EM GÊNEROS TÊXTUAIS

OBJETIVO: Identificar as características de uma página de diário.
Produzir texto fictício com apoio de imagem.


DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES:

· Ler o texto Camping (página de diário fictícia).
· Analisar o texto coletivamente.
· Ler o texto Dear Mimmy (página de diário real).
· Comparar os textos fictício e real.
· Destacar as características do gênero (forma, linguagem, objetivo).
· Observar, após as leituras, as características:
- relato de cenas assumindo o ponto de vista do autor;
- expressão de sentimentos, pensamentos e opiniões;
- subjetividade;
- linguagem informal;
- anotações datadas e, ás vezes, com horas.

· Analisar as fotos e orientar as produções.
· Produzir textos de ficção.
· Apresentar o texto produzido a outro estudante.
· Avaliar textos com base na ficha de avaliação.
· Compor mural com as produções.


TEXTO A – FICTÍCIO
Camping
4 de janeiro. Querido diário: amanhã vamos procurar um lugar para acampar. Não agüentamos mais essa cidade.
7 de janeiro. Querido diário: achamos um lugar maravilhoso para camping. É tão bonito que papai combinou com uns amigos para voltarmos.
11 de janeiro. Querido diário: foi fantástico. Havia mais de dez casais com crianças, apaixonados pela natureza. A primavera está uma beleza. Limpamos um pouco o local, derrubamos algumas árvores e agora há mais espaço para todos.
27 de janeiro. Querido diário: o camping está cada vez melhor. Os vendedores ambulantes descobriram nosso acampamento e agora se pode comprar de tudo lá. O número de famílias aumentou muito e já tem gente que nunca vi mais gorda. Os casamentos são sempre comoventes. Já tem churrasqueiras e sanitários.
3 de fevereiro. Querido diário: conheci um amigo, Paulo. O pai dele é dono de uma farmácia e isso foi sorte porque sempre se precisa de quem entenda de saúde no mato. E de quem entenda de matemática também. Ah, fizeram umas ruas pelo meio da floresta. Falam em instalar água e luz no camping. É mais conforto.
27 de fevereiro. Querido diário: instalaram água e luz em boa hora, porque o camping está tão grande que precisava mesmo. Os ambulantes decidiram que é melhor ficar fixo lá e montaram umas tendas que não fecham a semana inteira, de tanta gente que vai lá. Paulo disse que o pai dele vai botar um ambulatório lá.

FRAGA, J. G. Camping. In Ficção. Rio de Janeiro, abr. 77.
Questionamentos
Inserimos algumas frases impertinentes no texto. Quais são elas?
Quem você imagina que faz esse diário? Que elementos do texto lhe sugeriram tal autor ou autora?
Identifique a introdução do texto.
Onde, no texto, começa a “complicação”, embora o (a) autor(a) não se dê conta disso.
O texto original termina em 6 de dezembro. Escreva o que você acha que poderia ser o texto no diário no dia 6 de dezembro, que corresponderia à resolução.


TEXTO B - REAL


ZLATA (11 ANOS) COMEÇOU A ESCREVER SEU DIÁRIO EM SETEMBRO DE 1991, MESES ANTES DE A GUERRA ATINGIR SEU PAÍS, A BÓSNIA, E DESTRUIR SUA CIDADE, SARAJEVO.

Produção de texto
Você vai escrever uma página de diário ficcional que será avaliada por um colega da classe e afixada no mural. Sua produção deve ser inspirada por uma das imagens abaixo. Observe-as e discuta-as com seus colegas.




FICHA DE AVALIAÇÃO

Avalie o texto, levando em consideração estas perguntas.

Os fatos são narrados a partir do ponto de vista da pessoa que você escolheu?
O texto expressa os sentimentos, pensamentos e opiniões dessa pessoa? Apresenta subjetividade?
A linguagem do texto é adequada ao público leitor?
Há indicação de data?

Sequência Didática

Gestar II – Equipe Pugladas nas mudanças
Elementos estruturadores do texto argumentativo
Sequência Didática – 22.09.2009 (TP 4)

Conteúdo - Elementos estruturadores do texto argumentativo
Objetivo: Identificar e analisar os elementos que estruturam o texto argumentativo, partindo da premissa que esses são a base do estudo sobre o texto.
Turmas envolvidas- 7ª e 8ª série

Passo 1: Ler e discutir o texto “Quem lê mais escreve melhor?” de Walter Armellei Júnior;
Passo 2: Identificar as partes que compõem o texto dissertativo (Introdução, desenvolvimento e conclusão);
Passo 3: Analisar os elementos estruturadores, entendendo a progressão temática neles;
Passo 4: Proceder leituras complementares de editoriais e artigos de opinião em jornais, discutindo-as e socializando-as em plenária;
Passo 5: Identificar os elementos estruturadores nas leituras complementares;
Passo 6: Produzir texto dissertativo-argumentativo a partir dos elementos estudados, observando-se a estrutura de cada um.
Passo 7: Socializar os textos, seguindo-se de produção de painel para exposição de idéias.






Texto- Quem lê escreve melhor? Sim (Walter Armellei Júnior)

A leitura influencia a escrita por vários motivos: o leitor toma contato com novas formas lingüísticas , enriquece o vocabulário , descobre mundos e amplia seus conhecimentos.
É praticamente impossível que um apreciador da leitura não consiga escrever bem.Mas não podemos nos esquecer de que ler exige certas habilidades . Para melhor aproveitamento, o leitor precisa ter capacidade de análise e interpretação.Só assim ele extrai substratos dos livros para seu texto.
Para escrever bem , é preciso ter posição crítica e fazer a leitura do mundo.E quem não lê geralmente fica limitado ao seu mundo .O jornal e os livros ajudam o indivíduo a conquistar novos conhecimentos .Além de enriquecer o vocabulário, ele pode ter contato com o universo .
A televisão pode ajudar a ampliar horizontes mas possui linguagem diferente da escrita. Parafraseando Drummond , diria que escrever só se aprende escrevendo.E lendo muito.

(Folha de S.Paulo,20de maio 1991)

Sugestão de atividade -

PLANO DE AULA


CONTEÚDO: Leitura, Compreensão e Produção de Texto – Uso e funções da escrita nas práticas do cotidiano.
OBJETIVO: Acrescentar elementos descritivos, narrativos e dissertativos à imagem, refletindo sobre os usos e as funções da escrita nas práticas do cotidiano
CLASSE ENVOLVIDA: 7ª série (8º ano)
DESENVOLVIMENTO:
1. Leitura imagética e observação sobre quais situações a imagem exibida poderia representar, tais como: em jornal, na seção de artigos sobre cultura e fixada no mural da escola.
2. Exibição do vídeo, utilizando o projetor, mostrando um pouco do espetáculo circense.
3. Discussão acerca do que foi visto, coletando opiniões.
4. Produção escrita, utilizando as seguintes questões: a) após observar do que se tratava o espetáculo, produza um texto convidando um amigo para ver o espetáculo; b) Se você tivesse assistido ao espetáculo, como o descreveria a um amigo oralmente; c) Se você tivesse assistido ao espetáculo, como o descreveria a um amigo por meio da escrita; d) Se você fosse responsável por levar a sua turma ao espetáculo, como convenceria a todos.
5. Ao final, serão propostas as seguintes atividades:
Será tomado o vídeo como desenvolvimento de uma dissertação ao trabalho circense, analisando alguns pontos, tais quais:
Como seria a vida de um artista circense (lembrar aos alunos que por trás de um artista, muitas vezes, há uma família toda envolvida, que pode ou não ser composta por artistas, portanto, refletir sobre as condições de vida, o ambiente, etc.);
Como devem preparar suas encenações, ensaiar, etc;
Quais as dificuldades que os artistas devem enfrentar, se são bem aceitos pela sociedade, se enfrentam algum(uns) preconceito(s) e citar qual(is);
Qual será a melhor recompensa para um artista circense, quais alegrias eles devem sentir, etc.
AVALIAÇÃO: Serão avaliados aspectos como: coesão e coerência textual, alteridade, reflexão, aspectos gramaticais, criatividade.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

sábado, 15 de agosto de 2009

Cordel feito pelas cursistas - Escola Vicente Monteiro - Caruaru-PE

CORDEL
GRUPO – PROFESSORAS CONECTADAS / GESTAR II
Professor conectado
Com computador na mão
Todo mundo sufocado
Com tanta informação
E o aumento que é bom
Só ficou na ilusão

O professor hoje em dia
Só vive sob pressão
As cobranças são diversas
A gente cobra do aluno
Que vive sem reação
E o patrão cobra da gente
Sem dó nem compaixão.

Projeto: As Múltiplas Linguagens das Mãos - Professora Sônia da Escola Vicente Monteiro/Caruaru- PE








Sequência Didática - Cursistas

Escola Corsina Braga – Ensino Fundamental e Médio
Língua Portuguesa – Curso Gestar II
TP3 – Gêneros e Tipos Textuais

Cursitas:
Josefa Cacilda Otília de Morais
Maria de Fátima Cintra Raimundo
Maria de Lourdes dos Santos Braga
Maria Dolôres dos Santos
Marta Lúcia Jacinto Cintra
Rosiane Maria Bezerra


Sequencia didática – Intertextualidade (12.08.2009)
Número de aulas: 06

Objetivo: Reconhecer a transposição de um formato de gênero textual para outro, observando a referência que cada texto faz a outro seja oral ou escrito.

1. Exibição sonora da música “Monte Castelo” de Renato Russo;
2. Discussão – Levantamento de Opiniões sobre a tipologia textual da música e sobre o tema abordado na música;
3. Apresentar e discutir o Soneto “Amor é fogo que arde sem se ver” de Luís Vaz de Camões;
4. Estudos sobre a estrutura poética do Soneto e sobre a Biografia de Luís Vaz de Camões;
5. Localizar na Bíblia, Capítulo 13 – 1ª Carta de São Paulo aos Conríntios;
6. Interpretar o texto da bíblia e confrontar com os textos “Monte Castelo” e o “Soneto” de Luís Vaz de Camões, observando-se as estruturas;
7. Estudar a tipologia textual do texto bíblico e características;
8. Produzir um texto intertextual quanto à tipologia textual e que faça referência a outrem já ouvido ou lido;
9. Socialização em plenária;
10. Comentários Gerais.

Sequência Didática - Produzida pelos cursistas - Escola Vicente Monteiro

SEQUENCIAÇÃO DIDÁTICA

CONTEÚDO: Leitura e Compreensão de Texto do Gênero: Poema
OBJETIVO: Acrescentar elementos descritivos e narrativos à poesia “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade, utilizando o vídeo.
CLASSE ENVOLVIDA: 5ª série (6º ano)
LEITURA DO DIA: Quadrilha
DESENVOLVIMENTO:
1. Exibição do vídeo, utilizando o projetor, mostrando apenas a imagem, sem áudio.
2. Leitura imagética com seus alunos.
3. Após concluido esses dois momentos, o vídeo será exibido novamente, porém, com o áudio ligado.
4. Análise da poesia, mostrando que ela tem duas partes distintas.
5. O professor aguçará a imaginação dos alunos, levantando questionamentos sobre a primeira parte da poesia, tipo: “Como será que era o João? Do que ele gostava? E a Teresa?", etc.
6. Depois, passará para a segunda parte, propondo questões: “Por que será que João foi para os Estados Unidos? E a Teresa, por que ela escolheu ir para o convento?”, etc.
7. Será tomado o personagem João, que na segunda parte da poesia foi para os Estados Unidos, e pedir aos alunos que o descrevam física e psicologicamente, dando-lhe alguma característica que justifique a sua ida para os Estados Unidos. Será feito o mesmo com a personagem Teresa, onde deverão descrevê-la física e psicologicamente, dando-lhes traços que justifiquem a sua atitude de entrar para o convento.
8. Ao final, serão propostas as seguintes atividades:
v Tomar os personagens da poesia e, na ordem original, descrever-lhes física e psicologicamente, dando-lhes características que justifiquem os fatos da segunda parte da poesia;
v Tomar a segunda parte da poesia e acrescentar elementos aos fatos descritos, de acordo com os traços característicos de cada personagem. Dar um (novo) final ao texto.
AVALIAÇÃO: Serão avaliados todos os aspectos: coesão textual, coerência entre a primeira e a segunda parte do texto, aspectos gramaticais, criatividade.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Amigo é casa - Capiba/Hermínio Bello de Carvalho

Amigo é feito casa que se faz aos poucos e com paciência pra durar pra sempre.Mas é preciso ter muito tijolo e terra,preparar reboco, construir tramelas.Usar a sapiência de um João-de-Barro,que constrói com arte a sua residência.Há que o alicerce seja muito resistente,que às chuvas e aos ventos possa então a proteger.E há que fincar muito jequitibá e vigas de jatobá e adubar o jardim,e plantar muita flor, toiceiras de resedás.Não falte um caramanchão, pros tempos idos lembrar,que os cabelos brancos vão surgindo que nem mato na roceira que mal dá pra capinar .E há que ver os pés de manacá cheinhos de sabiás.Sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis, choro de imaginar.Pra festa da cumieira não faltem os violões,muito milho ardendo na fogueira e quentão farto em gengibre aquecendo os corações.A casa é amizade construída aos poucos e que a gente quer com beira e tribeira.Com gelosia feita de matéria rara e altas platibandas, com portão bem largoque é pra se entrar sorrindo nas horas incertas,sem fazer alarde, sem causar transtorno.Amigo que é amigo, quando quer estar presente,faz-se quase transparente sem deixar-se perceber.Amigo é pra ficar, se chegar, se achegar,se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer.Amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha e oferece lugar pra dormir e comer.Amigo que é amigo não puxa tapete,oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem.Quando não tem, finge que tem,faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Memoriais dos Cursistas

Memorial
Euda Cristina Ferreira Zacarias

Minha vida escolar começa aos seis anos, pois fui alfabetizada por minha mãe (Eunice Zacarias) que era professora e lecionava no Instituto Monsenhor Bernardino, no Bairro Petrópolis em Caruaru. Fiz um teste de leitura logo que cheguei à escola e fui para 2ª Série. Estudei com ela na 3ª série, gostei muito, mas tinha que ser exemplar, pois era a filha da professora.
Quando andava de ônibus sentava ao lado da janela para ler em voz alta, todos os anúncios e nomes de lojas que encontrasse pelo caminho.
Sempre gostei de estudar, chorava quando não podia ir à escola. Fazia as tarefas rapidamente e para poder conversar com minhas colegas.
Morava no Bairro Agamenon Magalhães, ia pra escola com a minha avó, Dona Amara, era uma difícil caminhada sob o sol do meio dia. Mas, para mim a escola era alegre, tinha ótimos professores, pois, era o meu único lazer e eu aproveitava o máximo que podia,brincando de polícia e ladrão no recreio ou sendo aluna-colaboradora. Qualquer atividade que me pedissem, fazia com muita alegria, inclusive, descarregar um caminhão de palmas com os meus amigos, pois havia uma criação de gado ao lado do pátio da escola. Contudo, o meu sonho era estudar em uma escola no centro da cidade, para poder andar de ônibus.
No ano de 1980 realizei o meu sonho, fui cursar a 5ª série no Colégio Sete de Setembro, foi nesta época que o meu pai faleceu em São Paulo, num assalto ao ônibus que ele dirigia. Meu tio mandou o recorte do jornal que relatava o fato ocorrido. Levei para o colégio para mostrar aos meus colegas, foi o texto mais triste que eu li.
No ano de 1982, fui batizada na Igreja Batista, o que deixou minha família ficou muito feliz. Minha avó era analfabeta, mas contava histórias bíblicas e dizia em qual livro estava escrito para que eu pudesse ler.
Tive excelentes professores, dos quais lembro com muito carinho. Professor Honório que fazia da aula de Matemática uma grande diversão, Professora Edite de Geografia, levava um aviãozinho para a sala de aula sempre que íamos estudar outro país ou continente, Professor Evandro de Biologia, com suas aulas práticas no laboratório, o colégio era particular, mas tinha convênio com o estado somente no horário da tarde e perdia a bolsa quem fosse reprovado, foi assim que consegui terminar o Ensino Médio.
O Professor Mafra de Língua Portuguesa, e o Professor Evilázio de Literatura tiveram grande importância na minha formação como leitora. Os livros que mais gostei desta época: Vidas Secas de Graciliano Ramos e Os Bruzundangas de Lima Barreto.
Passei no concurso para professor do estado. Lecionei na Escola Professor João Monteiro, em Belo Jardim. Em 1990, vim para a Escola Professor Vicente Monteiro. Ainda no período probatório fui chamada para fazer parte da coordenação regional do Sindicato dos professores. Nessa época, conciliei as atividades sindicais com a sala de aula.
Fiz o curso de Letras na FAFICA, onde tive a honra de estudar com grandes mestres, Professor Kermógenes, Professor Pedro Alcântara, Professora Margareth.
Trabalhei mais de dez anos na Escola Professora Rosilda Maciel, no Bairro Agamenon Magalhães, onde morava. Lecionei nas turmas de alfabetização, EJA (Educação de jovens e adultos) e nas turmas de 5ª. a 8ª. série.
Em 1991, consegui acréscimo de carga horária e fui para o Colégio Dom Miguel de Lima Valverde. Em 2004, transferi minhas 50 aulas para a Escola Professora Adélia Leal Ferreira, onde lecionei Turismo e Inglês no Ensino Médio.
Em 2005 comecei a lecionar na Escola Duque de Caxias, onde fui acolhida com muito carinho por todos que fazem a escola.
O ano de 2009 já está marcado pelo meu crescimento profissional, pois estou cursando Pós-Graduação em Língua Portuguesa na UPE e estou fazendo o Gestar II que muito tem contribuído para melhorar minha prática na sala de aula e ampliar meus conhecimentos.
Assim, sigo minha vida com fé em Deus, cantando a beleza de ser um eterno aprendiz.





Memorial Profissional.
Meu primeiro contato com a educação aconteceu em 1972, ano em que eu estava com 06 anos de idade, nesta época não havia alfabetização nem jardim da infância e fui logo cursando a 1ª série primária que hoje equivale ao ensino fundamental I.
Meus pais eram feirantes, trabalhando na feira livre de Caruaru, Camocin de São Félix e São Joaquim do Monte, desde cedo com meus 07 anos de idade meu pai me levava para ajudar no trabalho dele, no entanto eu ia só para me divertir, mas aos pouco fui compreendendo o trabalho e aprendi com ele a atender os clientes e fazer contas para receber e passar trocos.
O meu primário, ou seja, da 1ª a 4ª série do ensino fundamental, estudei em escolas publicas. 1ª e 2ª série na escola Fabiana Ringles, 3ª e 4ª na Escola Reverendo Alfeu de Oliveira que ainda existe na minha cidade “Caruaru”, 5ª e 6ª no Colégio Nicanor Souto Maior onde fui reprovado na 6ª, pois não gostava das aulas de artes e religião por isso fui reprovado, pois não assistia as aulas. Fui estudar no colégio Municipal Álvaro Lins e cursei a 6ª e 7ª série, logo após voltei para o Colégio Nicanor Souto Maior, onde continuei meus estudos e me formei em Contabilidade em 1984, que nesta época valia como o grau Médio.
Todo meu percurso escolar se deu em escolas públicas e me sinto honrado de ter me formado no ensino público. Ao concluir o 2º grau (ensino médio) em 1984, fiquei 18 anos sem estudar exceto em 1985 que fiz um ano de Inglês no CCAA, mas tive que parar os estudos, pois não tinha dinheiro para pagar as mensalidades. Nesse passar do tempo me tornei professor de ginástica e dança, trabalhava em várias academias da cidade de Caruaru. No entanto sempre tive vontade de me formar no curso de Letras, porém o tempo foi passando e o curso caiu no esquecimento. Em 2002 a vontade de cursar uma faculdade floresceu e prestei vestibular para o curso de Letras para o turno diurno me classificando em 12º lugar fiquei muito feliz e assim iniciei a minha vida acadêmica na FAFICA. Na graduação o livro que mais me chamou atenção foi “O mundo de Sofia”, indicado pelo Professor Maurício, pois o mesmo relatava a história dos deuses gregos com muita presteza, a história era contada em um romance o que deixou o livro fascinante para mim. Outro professor que marcou meus estudos na FAFICA foi Inara e Edson Tavares, pois os dois mostravam competência e segurança no que ensinavam. Outro livro que marcou minha vida acadêmica foi “A língua de Eulália” de Marcos Bagno indicado pelo professor Denner Edysio, excelente romance que fala sobre o preconceito lingüístico, que infelizmente enfrentamos no dia a dia escolar. Conclui o curso em 2006 e fiz o concurso para professor do Estado e fui classificado em 35º lugar na cidade de Caruaru, a felicidade foi total, pois estava realizando um sonho que era de ser um educador e contribuir com o desenvolvimento intelectual de sujeitos inseridos na educação. Nesse mesmo ano fui contemplado no meu trabalho no Centro Social São José do Monte, onde trabalho até os dias de hoje, com uma viagem para a Alemanha com o objetivo de participar de um festival de teatro e dança na cidade de Lingue em que fiquei responsável por seis crianças que estudam dança no C.S.S.J.M, como monitor e professor de dança, tive essa oportunidade de compartilhar experiência com vários participantes de 50 países como também de ministrar um mine curso de danças brasileiras para professores de vários países.
No ano de 2008, fui nomeado pelo Estado como Professor de língua portuguesa, devido ao concurso do qual fui classificado, nesse mesmo ano concluí minha Pós-Graduação em Língua Portuguesa e hoje estou localizado na Escola Santo Amaro (Vila Kennedy), e me sinto feliz, pois os professores e a equipe de trabalho em geral são pessoas de ótima convivência como também capacitadas para os cargos que exercem. Este ano “2009”, iniciei minha participação no GESTAR II e estou gostando muito, com a certeza de que essa formação continuada vai contribuir de forma significativa para melhorar a minha vida com profissional da educação.
Por fim essa é minha trajetória profissional da qual sinto muito orgulho e sei que vou ter facilidades e dificuldades no desenvolver do meu trabalho, mas se não existissem essas contribuições positivas e negativas o aprendizado perecia e não precisaria mais de profissionais que se empenhasse em melhorar o ensino aprendizagem. A educação precisa estar sempre inovando, sendo discutida e analisada para entendermos onde estão nossas falhas e nossos acertos para assim contribuirmos com desempenho positivo para a educação.



Por: Ricardo Lourenço de Lima

Memorial de Sônia Barros

O meu início de vida escolar não foi muito marcante pois não me deixou tantas lembranças, foi um período que me recordo muito pouco. Os meus pais tinham muitos sonhos, queriam que eu fosse advogada, mas o destino me reservou outras surpresas. Lembro-me do primeiro livro que li: “O Patinho Feio”, como eu adorava lê-lo, até achava que aquela história lembrava um pouco da minha vida. Naquela época as aulas não eram muito atrativas, mas sempre fui uma aluna muito dedicada e quando chegava da escola corria logo para fazer as tarefas de casa, eu estudava com a minha irmã mais velha e como ela era preguiçosa para executar as atividades , eu fazia a minha e a dela, isso escondido da minha mãe, é claro! Ah, que tempo bom! Sempre gostei muito de ler, mas na minha infância estudei em escolas pequenas e elas não ofereciam uma biblioteca, só tinha acesso à leitura quando ganhava livros de presente ou os meus pais compravam.O ensino médio cursei no colégio Sagrado Coração em Caruaru, tive uma boa formação religiosa e sei que essa base fortaleceu os meus princípios éticos e morais e associada a estrutura familiar sólida que tive acredito que foram fundamentais para ser uma profissional competente e respeitada. Foram momentos inesquecíveis naquele tempo, tinha uma relação de amizade verdadeira, era muito gostoso ir para o colégio, cada dia era uma novidade. E os professores? Esses , sim eram interessantes... Alguns até muito temidos por nós, mas tinha uma professora de Psicologia, que essa jamais esqueci, era uma pessoa meiga, nos estimulava bastante e além do mais as aulas eram fascinantes, sempre trazia uma dinâmica e sentia que ela tinha um carinho muito especial por mim. Desde aquele tempo passei a gostar da Disciplina, tudo me atrai na mente humana e ainda hoje tenho guardado esse sonho de cursar uma Faculdade de Psicologia. Determinados conteúdos achava que eram irrelevantes serem aprendidos, não entendia o porquê de estudar Física quando a minha escolha seria fazer o Magistério, não tinha sentido nenhum para minha vida, mas acho que estava enganada, pois eles foram bastante úteis, depois de muitos anos de ensino trabalhei com o Projeto Avançar e tive necessidade de rever esses conteúdos e aí passei a entender que nada na nossa vida é em vão e que o conhecimento nunca deve ser limitado.A minha experiência profissional é fruto de um trabalho adquirido quando tinha apenas 16 anos, no ano de 1984. Iniciei minha carreira de professora no colégio Sagrado Coração, quando na época também já cursava a faculdade de Pedagogia na Fafica. Nesse período lecionava em uma turma de Alfabetização, mas foi por apenas um ano, pois o meu pai era militar e precisei me mudar para Arcoverde, tive também a oportunidade de trabalhar com uma turma de 2ª série na Escola Tico e Teco do referido município em 1987 e cheguei a fazer um novo vestibular passando a cursar Letras, foi por apenas um período de um ano.Tivemos mais uma transferência para Petrolina e cheguei a ensinar durante seis meses no colégio Dom Bosco, dessa vez em uma turma de 3ª série e daí continuei o meu curso de Letras.Nesse período superei muitos desafios, pois meu pai chegou a falecer e precisei vencer muitas etapas, como por exemplo ter de ir à luta em uma cidade a qual não conhecia ninguém e isso me rendeu uma carga de experiência bastante valiosa.Nos anos de 1989 a 1993 foi quando realizei um dos meus grandes sonhos, passei a lecionar em uma escola de grande porte em Recife, o colégio das Damas, trabalhei com turma de 4ª série foi onde adquiri uma grande bagagem profissional, venci barreiras, pois me considerava uma pessoa tímida. Cheguei a participar de muitos cursos e capacitações e isso me enriqueceu como pessoa e como profissional, também foi nesse ínterim que terminei minha faculdade de Letras na Funeso, em Olinda. Esse curso foi uma ferramenta que ampliou os meus conhecimentos dando-me um embasamento teórico para que pudesse atuar com mais segurança dentro da área de Língua Portuguesa. Claro, que a faculdade é apenas a mola que proporciona o impulso, precisamos ser sempre pesquisadores e estarmos atentos as mudanças. A educação, como qualquer outro setor não é algo estático, tudo se renova num processo muito acelerado e precisamos acompanhar essas transformações para que sejamos profissionais preparados para enfrentar os desafios. Muitas leituras foram importantes durante o curso, principalmente aquelas que tinham respaldos e fundamentos em teóricos da educação, pois eles trazem o embasamento para que possamos nos guiar e formar os nossos conceitos, bem sabemos que a teoria se distancia em muito da prática e vivência de sala de aula, mas esses ensinamentos nos oferecem boas alternativas para driblarmos as diferenças.Hoje não posso dizer que sou uma pessoa completamente realizada dentro da educação, acredito que ainda precisamos avançar bastante, somos uma categoria pouco valorizada, talvez até tenhamos um pouco de culpa por muitas vezes nos acomodarmos e permanecermos na mesmice. Apesar de tudo gosto do que faço e sei que podemos nos unir e lutarmos por condições mais dignas, porém estou buscando outras alternativas tenho investido em concursos públicos, alguns na área de educação, outros não. Começarei também a cursar Direito e vejo todas essas opções como algo que só tem a me enriquecer, como também abrir leques e possibilidades de ampliar cada vez mais os meus conhecimentos.Ser leitor nos dias atuais considerando nossa missão de educador chega a ser até um desafio, somos engolidos por um grande vilão: o tempo, o nosso trabalho nos preenche diariamente e as péssimas condições salariais nos levam a termos mais de um emprego, e isto se torna na maioria das vezes um obstáculo que temos por obrigação e necessidade vencê-lo. A leitura nos traz a compreensão e entendimento de mundo, através dela estamos conectados com o planeta, o verdadeiro conhecimento nos é dado através de bons livros, boas leituras, sendo assim por que desprezá-los?

terça-feira, 16 de junho de 2009

O Porta-fólio e a formação do professor reflexivo

O PORTA- FÓLIO E A FORMAÇÃO DO PROFESSOR REFLEXIVO
Benigna Maria de Freitas Villas Boas - UnB (maio/2001)
O que é – Originalmente, o porta-fólio (portfólio) é uma pasta grande e fina em que os artistas e os fotógrafos iniciantes colocam amostras de suas produções as quais apresentam a qualidade e a abrangência de seu trabalho, de modo a ser apreciado por especialistas e professores. Essa rica fonte de informação permite aos críticos e aos próprios artistas iniciantes compreenderem o processo em desenvolvimento e oferecerem sugestões que encorajem sua continuidade. Em educação, o porta-fólio apresenta várias possibilidades: uma delas é a sua construção pelo aluno. Neste caso, o porta-fólio é uma coletânea de suas produções, as quais apresentam as evidências da sua aprendizagem. É organizado por ele próprio para que ele e o professor, em conjunto, possam acompanhar o seu progresso.
Para que serve – Para vincular a avaliação ao trabalho pedagógico em que o aluno participa da tomada de decisões, de modo que ele formule suas próprias idéias, faça escolhas e não apenas cumpra as prescrições do professor e da escola. Nesse contexto a avaliação se compromete com a aprendizagem de cada aluno e deixa de ser classificatória e unilateral. O porta-fólio é uma das possibilidades de criação da prática avaliativa comprometida com a formação do cidadão capaz de pensar e de tomar decisões.
Como construí-lo – Alguns princípios-chave orientam a sua construção:
- O primeiro deles, como se percebe, é o da sua construção pelo próprio aluno, possibilitando-lhe fazer escolhas e tomar decisões.
- Essa construção é feita por meio da reflexão, porque o aluno analisa constantemente as suas produções. Além disso, ele é estimulado a realizar atividades complementares, por ele selecionadas.
- Esse processo favorece o desenvolvimento da criatividade, porque o aluno escolhe a maneira de organizar o porta-fólio e busca maneiras diferentes de aprender.
- Enquanto assim trabalha, ele está permanentemente avaliando o seu progresso. A auto-avaliação é, então, um componente importante.
- O trabalho pedagógico e a avaliação deixam de ser de responsabilidade exclusiva do professor. A parceria passa a ser um princípio norteador das atividades,
- A vivência desse processo dá oportunidade ao aluno de desenvolver sua autonomia frente ao trabalho pedagógico. Ele percebe que pode trabalhar de forma independente e não ficar sempre aguardando orientação do professor. Forma-se, assim, o cidadão e o trabalhador capaz de ter inserção social crítica.
- O trabalho com o porta-fólio tem início com a formulação dos seus propósitos, para que todos saibam claramente em que direção irão trabalhar.
Como avaliá-lo – É necessário que professores e alunos, em conjunto, definam os descritores (critérios) de avaliação, levando em conta, entre outros aspectos, os propósitos. Como os dois segmentos avaliam a construção do porta-fólio, ambos devem se basear nos mesmos critérios.
Considerações finais – A adoção adequada do porta-fólio favorece a prática da avaliação formativa, voltada para o desenvolvimento do aluno, do professor e da escola. Além disso, o seu uso permanente faz com que deixe de ser apenas um instrumento de avaliação e passa ser a própria organização do trabalho pedagógico da escola como um todo e da “sala de aula”.

domingo, 14 de junho de 2009

Site da Secretaria de Educação

http://www.educacao.pe.gov.br/

A Moça Tecelã , Marina Colasanti

Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo se sentava ao tear. Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz, que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenhava o horizonte. Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava. Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos do algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio de prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela. Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza. Assim, jogando a lançadeira de um lado para outro e batendo os grandes pentes do tear para frente e para trás, a moça passava os seus dias. Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que o peixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a lã cor de leite que entremeava o tapete. E à noite, depois de lançar seu fio de escuridão, dormia tranqüila. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. Mas tecendo e tecendo, ela própria trouxe o tempo em que se sentiu sozinha, e pela primeira vez pensou em como seria bom ter um marido ao lado. Não esperou o dia seguinte. Com capricho de quem tenta uma coisa nunca conhecida, começou a entremear no tapete as lãs e as cores que lhe dariam companhia. E aos poucos seu desejo foi aparecendo, chapéu emplumado, rosto barbado, corpo aprumado, sapato engraxado. Estava justamente acabando de entremear o último fio do ponto dos sapatos, quando bateram à porta. Nem precisou abrir. O moço meteu a mão na maçaneta, tirou o chapéu de pluma, e foi entrando em sua vida. Aquela noite, deitada no ombro dele, a moça pensou nos lindos filhos que teceria para aumentar ainda mais a sua felicidade. E feliz foi, durante algum tempo. Mas se o homem tinha pensado em filhos, logo os esqueceu. Porque tinha descoberto o poder do tear, em nada mais pensou a não ser nas coisas todas que ele poderia lhe dar. — Uma casa melhor é necessária — disse para a mulher. E parecia justo, agora que eram dois. Exigiu que escolhesse as mais belas lãs cor de tijolo, fios verdes para os batentes, e pressa para a casa acontecer. Mas pronta a casa, já não lhe pareceu suficiente. — Para que ter casa, se podemos ter palácio? — perguntou. Sem querer resposta imediatamente ordenou que fosse de pedra com arremates em prata. Dias e dias, semanas e meses trabalhou a moça tecendo tetos portas e pátios e escadas, e salas e poços. A neve caía lá fora, e ela não tinha tempo para chamar o sol. A noite chegava, e ela não tinha tempo para arrematar o dia. Tecia e entristecia, enquanto sem parar batiam os pentes acompanhando o ritmo da lançadeira. Afinal o palácio ficou pronto. E entre tantos cômodos, o marido escolheu para ela e seu tear o mais alto quarto da mais alta torre. — É para que ninguém saiba do tapete — ele disse. E antes de trancar a porta à chave, advertiu: — Faltam as estrebarias. E não se esqueça dos cavalos! Sem descanso tecia a mulher os caprichos do marido, enchendo o palácio de luxos, os cofres de moedas, as salas de criados. Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer. E tecendo, ela própria trouxe o tempo em que sua tristeza lhe pareceu maior que o palácio com todos os seus tesouros. E pela primeira vez pensou em como seria bom estar sozinha de novo. Só esperou anoitecer. Levantou-se enquanto o marido dormia sonhando com novas exigências. E descalça, para não fazer barulho, subiu a longa escada da torre, sentou-se ao tear. Desta vez não precisou escolher linha nenhuma. Segurou a lançadeira ao contrário, e jogando-a veloz de um lado para o outro, começou a desfazer seu tecido. Desteceu os cavalos, as carruagens, as estrebarias, os jardins. Depois desteceu os criados e o palácio e todas as maravilhas que continha. E novamente se viu na sua casa pequena e sorriu para o jardim além da janela. A noite acabava quando o marido estranhando a cama dura, acordou, e, espantado, olhou em volta. Não teve tempo de se levantar. Ela já desfazia o desenho escuro dos sapatos, e ele viu seus pé desaparecendo, sumindo as pernas. Rápido, o nada subiu-lhe pelo corpo, tomou o peito aprumado, o emplumado chapéu. Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte.

Gaiolas e asas de Rubem Alves

Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo "atacados" porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: "Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas".
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-las para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças... E elas, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliações... Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra - e a domadoras com seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres.
Sentir alegria ao sair de casa para ir à escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que as fecha com os tigres.
Nos tempos de minha infância, eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá dentro e ficava escondido, esperando... O pobre passarinho vinha, atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava na arapuca e pisava no poleiro. E era uma vez um passarinho voante. Cuidadosamente eu enfiava a mão na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras e enfiava o bico entre os vãos. Na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensanguentado... Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.
Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas? Vão me falar sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, que todos, tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor. Mas eu pergunto: nossas escolas estão dando uma boa educação? O que é uma boa educação?
O que os burocratas pressupõe sem pensar é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educação, criam mecanismos, provas e avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.
Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é "dígrafo"? E os usos da partícula "se"? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante"? Qual a utilidade da palavra "mesóclise"? Pobres professoras, também engaioladas... São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas: "Fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido que eu deveria aprender. E aprender à sua maneira".
O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era "ferramenta" e "brinquedo" do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender "ferramentas", aprender "brinquedos".
"Ferramentas" são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. "Brinquedos" são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma.
Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo.
Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo liberdade, não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer... Assim todo professor, ao ensinar, teria de se perguntar: "Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo?" Se não for, é melhor deixar de lado.
As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o vôo dos seus alunos.
Há esperança...
Rubem Alves

sábado, 13 de junho de 2009

quarta-feira, 10 de junho de 2009


Momentos de descobertas e troca de experiências.


Professoras Lourdes e Cristiana durante as apresentações dos grupos.


Nosso primeiro encontro na Escola Professor Mário Sette.

domingo, 17 de maio de 2009

Memorial

Memorial Profissional
Minha primeira experiência escolar se deu quando eu tinha 05 anos de idade, no ano de 1977, onde iniciei meu estudos no Colégio Cardeal Arcoverde, lá cursando a Alfabetização.
Devido a questões profissionais, meu pai e, nossa família de um modo mais geral, teve de se mudar para a capital do Estado, onde eu tive oportunidade de usufruir de experiências únicas e importantes para o meu desenvolvimento como pessoa e acima de tudo, como profissional. Lá estudei no Colégio Paulo VI, as séries de 1ª a 3ª.
Esta última experiência me render grandes lembranças. Apesar do curto período lá vivido, pude desfrutar de momentos dos quais não ousaria me esquecer. Fui acompanhada pela professora Stella, com quem, mesmo depois de ter me transferido desse colégio, continueu a me corresponder. Ela ensinou-me o que é a educação; me incentivou à leitura e como esta pode ser proveitosa e prazerosa; ensinou-me ainda que professores podem e devem ser formadores de opiniões e convicções. Sem dúvida nenhuma, eu tive um excelente início...
Todo o meu percurso ginasial foi bastante proveitoso e com muitas perguntas a serem respondidas...Conclui o meu 3° ano no Colégio Atual em Recife, passei no vestibular para Pedagogia na Universidade Federal de Pernambuco. Curso que abandonei três meses depois de ter iniciado; não me identifiquei na época. Também cursei faculdade de Turismo na Universidade Católica, mas tranquei depois de um ano e meio. Resolvi voltar para Arcoverde em 1992 sem ter a convicção do que realmente queria para mim, enquanto profissional. Apesar de tantas dúvidas, resolvi que iria prestar vestibular novamente, incentivado por minha mãe. O curso escolhido foi Letras,por causa das afinidades com as matérias.
Ainda assim, mesmo cursando Letras,minhas dúvidas fulminavam e eu continuava ser ter certeza de que realmente era aquilo que eu queria para mim, enquanto profissional.
Só que fui me identificando aos poucos com o curso e, o ápice deu-se quando, recebi uma proposta de estágio, para lecionar Língua Portuguesa e Inglesa na Escola Presidente Médice, para alunos do atual "Ensino Médio".A partir desta experiência, começei a achar que era realmente aquilo que eu deveria fazer e que eu deveria me dedicar com amor e paciência a esta minha escolha.
Em 1997 recebi outra proposta de trabalho do Colégio Cardeal Arcoverde para lecionar ao Ensino Fundamental I e II, Língua Inglesa. Ainda neste ano, consegui ser selecionada para lecionar ao Ensino Fundamental I e II no Colégio Imaculada Conceição.
A volta aos colégios onde eu já havia estudado e passado por tantas experiências, foi pra mim, muito gratificante. Eu pude pôr em prática muitos dos bons ensinamentos que eu obtive ali, bem como, deixei de exercer determinadas atitudes que me causaram tanta repugnância, tentei ser uma professora melhor do que foram outras comigo.
Ao final do ano de 1997, eu fui nomeada para o Cargo de Professora da Rede Estadual, concurso este que eu havia prestado e sido aprovada em Janeiro do mesmo ano. A primeira escola em que eu ensinei como concursada do governo foi a Escola Vigário João Inácio, no município de Buíque/PE. A decisão de trabalhar lá foi difícil uma vez que eu já tinha um fiho pequeno, era casada e estava grávida de outro bebê, além de trabalhar nos dois outros colégios, acabando por não conseguir me dedicar a nenhum deles de maneira plena.
Em assim sendo, tive de abdicar dos dois colégios particulares que mantinha contrato e ,consegui mais facilmente dedicar-me ao ensino público de forma mais homogênea.
Logo no início de 1999, após o período probatório no governo do Estado,pedi transferência para a cidade de Arcoverde/PE, onde lecionei na Escola Carlos Rios, a disciplina de Língua Inglesa, além de ser articuladora do Laboratório de Informática Educacional (LIE) neste mesmo colégio. Lá, com o auxílio dos alunos, pude desenvolver o projeto de um jornal na Escola, onde era exposta a vida da escola para os próprios alunos, desenvolvendo, assim,para eles, o seu senso crítico acerca de suas próprias ações e colocando em prática, no dia-a-dia, o que na escola aprendiam.
No início do ano de 2002,por conta de uqestões profissionais , mas adora de meu marido,eu, como sua esposa, resolvi acompanhá-lo e, pedi transferência para a cidade de Caruaru, onde atualmente resido e trabalho.
Aqui em caruaru, trabalhei na Escola Dom Miguel de Lima Valverde, lecionei Língua Portuguesa e Língua Inglesa;com turmas do Ensino Médio. Janeiro de 2003 começei a fazer pós-graduação em Arcoverde na Facudade AESA/CESA , No ano de 2006 fiz concurso novamente e fui aprovada. Fui localizada na Escola Professor Mário Sette,por conta disso pedi remoção do Dom Miguel para o Mário Sette. Ficando com uma carga horária de 350 aulas.
No Mário Sette, me senti em casa, fui bem acolhida, desenvolvi um trabalho de muita dedicação. Em maio de 2008, recebi a proposta de minha Gestora a fazer parte da equipe, relutei, mas acabei aceitando esse novo desafio em minha vida profissional; o novo cargo de Gestora Adjunta. No mês de agosto deste mesmo ano, fiz seleção interna para Educadora de Apoio e fui selecionada em quarto lugar.
Para 2009 tenho alguns planos que estão sendo colocados em prática: pedi dispensa do cargo de Gestora Adunta da Escola Mário Sette.Estava localizada em uma nova escola, a Felisberto de Carvalho, como Educadora de Apoio; porém tive de me afastar dessa função por causa de um convite a mais um novo desafio: ser Chefe de Secretaria da Escola Professora Adélia Leal Ferreira. Fui convidada a fazer parte da Secretaria Municipal de Educação, como Coordenadora de Apoio Pedagógico,e aceitei. Faço parte do Gertar II como formadora, e estou como aluna no curso de Gênero textual pela Universidade Federal de Pernambuco.
Pelo visto esse ano vai ser de muito trabalho e grandes desafios, que espero superá-los com muita competência e dedicação.
Enfim, este é o memorial de minha vida profissional da qual muito me orgulho e para a qual ainda devo muito... devo estudar muito mais, e sei que ainda há muito o que aprender. Em nossa vida muitas vezes temos medo de descobrir o "novo", mas correr riscos faz-nos crer ainda mais que só entenderemos o sentido de nossas vidas quando permitimos que o inesperado aconteça.